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06/12/2024
A ELECPOR participou no Workshop “Desenhos de Mercado Internacionais Portugal / Brasil”

A ELECPOR participou no Workshop “Desenhos de Mercado Internacionais Portugal / Brasil”, organizado pela ERSE e pelo GESEL.

Com a moderação de Marcelo Leite Freire do TCU – Tribunal de Contas da União (Brasil), a Diretora-geral da ELECPOR, Maria João Coelho, integrou o painel, juntamente com António Vidigal, Fabiano Carvalho da Neoenergia e Rui Gonçalves da E-redes, dedicado ao tema “Inovações Tecnológicas e Regulatórias no segmento da Distribuição”.

Na sua intervenção, a ELECPOR destacou que na transição energética, da geração ao consumo, também a rede se encontra em transição.

No sistema elétrico, em mudança de paradigma de um modelo tradicional, centralizado e fluxo unidirecional para um modelo com múltiplas fontes de geração e recursos distribuídos, a rede de distribuição toma um especial protagonismo e reforça a sua responsabilidade nessa transição.

Neste contexto, foram assinalados dados relevantes do Estudo GridsforSpeed, desenvolvido pela Eurelectric em parceria com a EY:

– Investimento anual em redes tem de duplicar, a nível europeu (67 mil milhões de euros por ano, entre 2025 e 2050), para acompanhar a evolução da procura projetada, incorporar nova geração e modernizar e digitalizar as infraestruturas.

– Hoje, cerca de 30% dos ativos da rede de distribuição na Europa têm mais de 40 anos; em 2030, serão 40% e em 2040, serão mais de 80%.

– A inovação tecnológica é fundamental, nomeadamente na otimização do uso da capacidade da rede, na gestão inteligente da rede e na introdução de flexibilidade do lado da procura.

– Necessidade de investimentos antecipatórios em infraestruturas de rede – investimentos que “olham além das necessidades imediatas de produção ou consumo, assumindo que a nova geração e procura se irá verificar no futuro”.

Para que esta transição ocorra ao nível da distribuição, é preciso atuar desde logo do ponto de vista regulatório, nomeadamente quanto à incorporação de mecanismos de investimentos antecipatórios, clarificação da aplicação do conceito de ligações flexíveis (até que se possa tornar firme) ou a simplificação de processos de aprovação.